Tratamento da Demência de Alzheimer (DA)

Sabemos que há no mundo um novo caso de demência a cada três segundos, sendo a mais importante a Demência da Doença de Alzheimer (DA), em mais de 50% de todas elas e que o fator mais importante é a velhice.

Leva-se em consideração, também quão nefasta é esta doença atingindo não só o paciente, sendo considerada uma “doença familiar”, haja vista a preocupação, fadiga, o estresse e a diminuição da qualidade de vida dos familiares que se relacionam com o paciente.

Didaticamente podemos dizer, que existem várias fases de declínio cognitivo até chegar a indesejável demência:

a) Declínio Cognitivo Subjetivo (DCS), no qual a pessoa se acha esquecida, porém mantém suas atividades de vida diária (AVD) normais, podendo estacionar ou evoluir para o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL);

 b) CCL, os esquecimentos tendem a aumentar, porém podem ainda manter suas AVDs, com algum prejuízo na cognição. Neste estágio os sintomas podem regredir, permanecer ou evoluir para DA em até 40 %;

c) DA ou outros tipos de demências, já estabelecidas, nas fases leve, moderada e grave

A dificuldade maior é saber que não há um medicamento realmente eficaz, que pode fazer a reversão desta doença.

Atualmente temos apenas tratamento sintomáticos com três drogas inibidoras da acetilcolinesterase e a Memantina, que atua como antagonista dos receptores do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA), inibindo sua estimulação excessiva pelo neurotransmissor glutamato e usada nas fases moderadas e graves.

A preocupação da classe médica é que o último medicamento aprovado e lançado (Memantina) mais de 20 anos e de lá para cá, nada mais surgiu comprovado e aprovado. Todas as tentativas, infelizmente, foram infrutíferas.

Diante desta ausência de medicações curativas, temos de enfatizar e incentivar, até como medida preventiva e protetiva, o uso do tratamento não farmacológico, que inclui: exercício físico, estimulação cognitiva, não se isolar, boa qualidade do sono, tratamento correto das doenças crônicas tais como diabetes e hipertensão arterial, hidratação e alimentação adequadas.

Dr. Luiz Antonio da Silva Sá

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